O alongamento estático sempre foi uma prática popular no desporto, especialmente no futebol. Muitos acreditam que ele possa auxiliar na preparação do corpo para a atividade física bem como na prevenção de lesões, mas será que este é o real efeito do tradicional Alongamento Estático?
Ao longo dos últimos anos os estudos têm colocado essa ideia em xeque. Pesquisas demonstram que o alongamento estático pode reduzir o desempenho em atividades de explosão, como sprints e saltos, essenciais para o futebol (Kay & Blazevich, 2012). Além disso, essa prática pode trazer riscos quando mal aplicada, prejudicando a performance e até aumentando a chance de lesões, especialmente em atletas jovens.
Durante o alongamento prolongado, ocorre uma deformação do tecido fascial e muscular, o que reduz a elasticidade e a capacidade de armazenamento de energia nestes tecidos. Isso compromete a eficiência mecânica dos movimentos explosivos e diminui a resposta muscular em momentos decisivos. A instabilidade articular também pode ser agravada quando as articulações são tracionadas além de seus limites naturais, tornando-as mais vulneráveis em mudanças bruscas de direção ou impactos, comuns no futebol. Em atletas das camadas de formação, esses efeitos são ainda mais preocupantes, pois interferem no desenvolvimento motor adequado e aumentam o risco de compensações que podem ser prejudiciais no longo prazo.
Embora seja amplamente associado à prevenção de lesões, faltam evidências científicas claras que comprovem a eficácia do alongamento para esse propósito. Pelo contrário, o excesso de alongamento pode deixar os músculos menos preparados para contrair-se de forma explosiva, aumentando o risco de lesões. Estudos como o de McHugh e Cosgrave (2010) mostraram que alongamentos prolongados comprometem a geração de força máxima, o que é um fator crítico em desportos de alto rendimento. Mas qual seria a forma alternativa para a manutenção e desenvolvimento da flexibilidade’
Algumas das abordagens mais eficazes incluem a pré-ativação muscular, mobilidade dinâmica e fortalecimento específico dos padrões de movimento humano, que preparam o corpo para as exigências tridimensionais que a modalidade do futebol exige, de forma mais segura e funcional. Exercícios de ativação “despertam” os músculos estabilizadores, enquanto a mobilidade dinâmica aumenta a amplitude articular de maneira controlada. Movimentos unilaterais e exercícios de propriocepção aprimoram a estabilidade e reduzem os riscos e desequilíbrios entre as cadeias musculares. Essas estratégias não apenas previnem lesões com mais eficácia, como também otimizam o rendimento atlético, criando uma base sólida para o desenvolvimento contínuo.
Na Game Up Training, utilizamos essas abordagens baseadas em ciência para garantir que nossos atletas, sejam eles profissionais ou jovens promessas, alcancem todo o seu potencial com segurança. Se quiser saber mais sobre como melhorar sua performance ou cuidar melhor da saúde dos atletas em formação, entre em contacto connosco.